Celulares com câmera, especialmente os modelos mais sofisticados com sensores de 5 MP ou mais, são muito práticos e podem facilmente substituir uma câmera digital doméstica em situações do dia-a-dia, seja registrando uma cena inusitada, uma placa de “vende-se” no carro dos seus sonhos ou uma gracinha de um filho.
O problema é que, como tem cartões com alguns gigabytes de memória, estes aparelhos comportam centenas, às vezes milhares, de fotos de uma só vez. Com isso o cartão “não enche” e não sentimos necessidade de descarregar as imagens para um computador. E é aí que vem o problema: se seu celular for perdido, roubado ou sofrer um banho inesperado e deixar de funcionar, as imagens vão junto com ele.
A solução é um sistema de backup automático, que possa copiar as fotos para um local seguro sem a necessidade de intervenção do usuário. Este foi um dos recursos anunciados pela Apple para o iOS 5 (batizado pela empresa de Photo Stream), e é exatamente o que faz um programinha para smartphones Android chamado PicPush: a cada vez que você tira uma foto, ele envia uma cópia para um servidor na internet. Veja como usá-lo e fotografe tranquilo, pois suas imagens estarão a salvo!
Configurando uma conta
O PicPush está disponível no Android Market em duas versões. A gratuita, que vamos usar neste artigo, funciona por 30 dias e permite experimentar todos os recursos do programa. Para continuar a usá-lo depois deste período é necessário comprar uma licença de uso (PicPush License, também no Market), que custa cerca de R$ 8,00.
Depois de instalar o programa é necessário configurar uma conta para o upload: o PicPush é compatível com o Facebook, Flickr, Gallery, Photobucket, Picasa, Shutterfly e Smugmug. Neste exemplo vamos usar o Picasa por alguns motivos simples, e o primeiro é o custo: qualquer pessoa com uma conta no GMail tem direito a 1 GB de espaço para armazenar fotos, o que equivale a cerca de 500 imagens de 5 MP cada, mais do que suficiente para começar. E se você precisar de mais espaço é possível comprar 20 GB extras por apenas US$ 5 por ano.
O segundo motivo é a integração. Smartphones com o sistema operacional Android 2.1 ou superior tem integração nativa com o Picasa na galeria de imagens: álbuns online aparecem junto com as fotos armazenadas na memória interna do aparelho. Ou seja, mesmo que suas imagens estejam “na nuvem”, elas também estarão sempre à mão, desde que você tenha uma conexão à web.
Estas fotos parecem estar no smarthone. Mas estão em uma galeria do Picasa na web
Abra o PicPush, clique no ícone Accounts no topo da tela e no círculo verde com um +. Escolha na lista o serviço que quer utilizar, em nosso caso o Picasa. Na tela seguinte informe seu nome de usuário (é seu endereço no GMail) e a senha (também a mesma do GMail) e clique em Next. Na tela seguinte escolha um álbum para onde as fotos serão enviadas, ou crie um novo usando a opção Create new album. Sugiro a criação de um novo, só para manter as coisas organizadas. Agora é só clicar no botão Finish.
Pronto, já dissemos ao PicPush para onde mandar as fotos. Agora só precisamos dizer a ele como fazer isso.
Ajustando as preferências
De volta à tela inicial do PicPush, clique no botão Preferences e escolha a opção Auto Scanner na lista. Marque a opção Auto Detect Images, para que o PicPush encontre sozinho cada nova foto feita com seu smartphone. Em Image folders to monitor, marque a opção All. Em Upload delay indique quanto tempo após a foto ser tirada ela será enviada para o Picasa. O padrão são 15 minutos, mas você pode aumentar ou diminuir o intervalo se quiser.
Agora pressione o botão Voltar em seu smartphone e selecione a opção Uploads na lista. Desmarque Prompt for caption e Ask before upload, assim as imagens serão enviadas automaticamente para a internet sem que você tenha de autorizar cada envio ou dar um título para cada foto. Marque também Keep Private para tornar as imagens privadas, evitando que qualquer um tenha acesso a elas.
PicPush envia automaticamente suas fotos para o Picasa, Flickr, Facebook e mais
Se você confia na nuvem e quer economizar espaço no cartão de memória, marque também Delete after upload. Assim as fotos serão apagadas do smartphone depois de enviadas para o álbum. E se você não tem um plano de dados, ou tem mas quer economizar banda, marque também a opção Wifi Only. Assim o PicPush só enviará as fotos quando o smartphone estiver conectado a uma rede Wi-Fi.
Ainda temos um último ajuste a fazer: pressione o botão Voltar e selecione a opção Power. Em Minimum Battery Level indique a percentagem mínima de carga na bateria necessária para que o PicPush faça um upload. Com isso você evita que ele termine de “matar” a bateria enviando fotos quando você tiver só 5% de carga restantes. Recomendo deixar esse nível em 20%.
Usando
Depois de instalado e configurado, o PicPush é um daqueles programas que se torna “invisível”, trabalhando sem que você perceba. Quando você bater uma foto com seu smartphone, não verá nenhuma opção de upload: o programa vai simplesmente esperar o intervalo de tempo que você determinou e mandar a imagem para a internet. Simples assim. Não há sequer uma notificação de que o upload foi bem ou mal-sucedido.
Se por algum motivo o PicPush não conseguir fazer o upload (se você está numa área sem 3G ou Wi-Fi, por exemplo) ele coloca a imagem numa “fila”, e tentará novamente quando conseguir uma conexão. E se você o configurou para apagar as imagens, não se preocupe: ele só faz isso depois de ter certeza de que o upload foi bem-sucedido.
A única coisa que faz falta no PicPush é uma opção de upload automático de vídeos para o YouTube. Mas isso é compreensível, já que dependendo do aparelho, resolução da imagem e codec mesmo um vídeo de 2 minutos pode ultrapassar os 100 MB, o que destruiria os limites de qualquer plano de dados rapidinho. De qualquer forma, já que é possível enviar vídeos (individualmente) para o YouTube a partir do menu Compartilhar na galeria de imagens padrão do Android, a omissão não é tão grave.
Fonte: PCWORLD
Como sempre um vídeo para melhor entendimento do assunto, está em inglês, mas como é só uma introdução, dá para entender mesmo para quem não lê ou fala o inglês, a explicação tá bem resumida.
Abraços,
Ricardo Aguero
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